16/06/2021
A antecipação do calendário de vacinação em alguns Estados tem gerado expectativas positivas em diversos segmentos da economia diante da possibilidade da diminuição das restrições à mobilidade, afinal isso beneficia a atividade e reforça o viés positivo da bolsa de valores.
Em cálculos elaborados ontem a pedido do Valor, a Confederação Nacional de Comércio, Serviços e Turismo (CNC) prevê alta de 4,1% no faturamento do varejo em 2021, mais que os 3,9% divulgados na semana passada.
O faturamento bruto total deve alcançar R$ 1,97 trilhão, R$ 3,7 bilhões a mais do que o previsto antes dos novos planos de avanço da imunizados governos estaduais.
Esse dado, levantado pelo economista sênior da CNC, Fabio Bentes, é relevante porque, apesar das análises do efeito direto entre vacinação e retomada econômica, ainda não havia números claros do impacto do aumento na imunização no consumo.
No turismo, ele estima expansão de 17,8%, versus 16,7% calculados até a semana passada, o que equivale a R$ 3,2 bilhões a mais em faturamento no ano, para R$ 411,7 bilhões. “O fato é que apesar de um cenário ainda ruim para inflação, juros e renda, a vacinação hoje é muito mais decisiva que todas essas outras variáveis”.
O turismo, um dos mais afetados, já vê sinais positivos. Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas Eduardo (Abear), a média diária de partidas esperadas em junho deve chegar a 55% da oferta pré-pandemia - ante 42,8% em maio. Mas é preciso um maior avanço na vacinação para que o setor comemore.
“Qualquer retomada de atividade econômica virá com cerca de 70% da população vacinada com duas doses. É a partir daí que vemos que não haverá retrocesso”, diz Eduardo Sanovicz, presidente da entidade.
Por isso, empresários ainda se planejam com cautela devido às incertezas que ainda pesam sobre o programa de imunização no país.
O Governo de São Paulo, por exemplo, antecipou em um mês a vacinação por faixa etária, mas - como acontece com todos os Estados - depende das entregas do Ministério da Saúde, que tem sofrido seguidos atrasos.
Além de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Ceará e Amazonas são alguns dos outros Estados que já anunciaram a conclusão da aplicação da primeira dose em toda a população adulta entre agosto e outubro.
Fonte: Portal www.contabeis.com.br
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